domingo, 27 de junho de 2010

Filhos adolescentes. Como lidar com esta fase?

Adolescência... Idade de muitas mudanças tanto para os próprios jovens, quanto para seus pais e familiares. Como resolver os principais conflitos que surgem nessa relação durante este período?

Primeiramente, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a adolescência vai dos 10 até os 20 anos de idade. No Brasil, segundo o Estatuto da Criança e do adolescente, a faixa etária é de 12 a 18 anos de idade.

Sabemos que cada pessoa se desenvolve em um ritmo diferente, portanto a adolescência pode ser considerada não pela faixa etária (estabelecida pela média), mas sim como um período do desenvolvimento humano correspondente às alterações hormonais, físicas, sociais e psicológicas que afetam todas as instâncias que rodeiam este adolescente, ou seja, da puberdade que inicia a maturação sexual, até a idade adulta em que uma identidade já está estabelecida de acordo com seus valores, e cada um vai vivenciar esta fase de uma maneira muito peculiar.


Neste período, as descobertas das suas próprias opções, as inserções sociais através da inclusão em uma determinada tribo ou grupo que tenha a mesma afinidade, o contato com a sexualidade, experimentar coisas novas (incluindo as drogas lícitas e ilícitas).

A dualidade entre sair da infância e viver a vida adulta causa no psicológico uma grande confusão de ações e pensamentos que geram muitas vezes as brigas com os pais.

Por sua vez, os pais sempre acham que eles erraram em algum ponto e se culpam pelo filho ser rebelde em alguns ou em todos os momentos. O principal ponto a ser trabalhado na relação pais e filhos, é a comunicação!

Quando se contrapõe às solicitações dos filhos, a tendência é contrariar. Quando se permite que o filho faça o que quiser, ele sempre vai agir de modo rebelde como um pedido desesperado de atenção e limite por parte dos pais. O que quero dizer, é que se deve haver equilíbrio nesta relação, poder de negociação e argumentação plausível para não permitir que o filho faça algo que os pais acham indevido.

Mesmo com todas essas dicas, existem situações que são realmente inusitadas e delicadas, e até os pais mais pacientes podem se desequilibrar quando se deparam com elas.

Descobrir que os filhos usam drogas ou estão fumando cigarros, pretende parar de estudar, engravida, aparece em casa embriagado, é homossexual, tem más companhias ou namora pessoas muito mais velhas, conta sobre sua primeira relação sexual... Enfim, muitas destas situações são desconcertantes para muitos pais, e podem levá-los a tomar atitudes extremas, como brigar, gritar, acusar e menosprezar julgando suas atitudes, começa a mexer em suas coisas tentando investigar o que está acontecendo e nunca tire conclusões precipitadas sem ter certeza daquilo que está acontecendo.

Quando o filho ou filha tem a liberdade de contar o que está acontecendo, elogie pela sua atitude e coragem, porém, se precisar ser enérgica para não se repetir, não hesite, mas não se esqueça de falar em tom de conversa explicando sempre os principais motivos por não querer que ele faça novamente, ou então alertando dos problemas que podem ocasionar e as conseqüências futuras, sempre deixando o caminho receptivo para a conversa.

Em caso de filhos usuários de drogas e álcool, ofereça ajuda e apoio, se necessário, busque um profissional para que possa melhor orientá-lo do que fazer nesta situação, mas nunca o humilhe nem agrida seu filho, este é um momento delicado em que ele precisa de apoio principalmente da família.

Já a homossexualidade não é doença como ainda se pensa, mas sim uma opção de vida sexual de seu filho, lembre-se que até vocês pais descobrirem, ele deve ter passado por momentos muito difíceis para enfrentar o preconceito até a decisão de se assumir.

Para os pais, quando o filho comunica que quer parar de estudar, parece que o mundo desabou! De imediato, vem a vontade de falar que seu filho não terá futuro, que é um imprestável, humilhá-lo em todos os sentidos, mas será que não vale a pena ouvir o que ele tem a dizer? Um dos motivos que pode levar a um jovem pensar em desistir de estudar é a violência que ele talvez sofra dos colegas de sala, o chamado bullying.


Enfim, em todos os casos em que os pais se sintam inseguros e em situação na qual não se sabe como agir, o melhor a fazer é manter a calma e saber sobre as motivações que levaram o filho a tomar determinada atitude, sempre respeitando seu ponto de vista, afinal, é assim que a identidade se constrói para que se torne um adulto confiante, seguro de si e responsável.

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