quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sobre AIDS e HIV

A AIDS é uma realidade e sem prevenção, não se garante que nunca vai acontecer com você!

Sabendo mais sobre Aids e HIV:
A sigla Aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus da Aids é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa, ou seja, apenas o contato, uso de talheres e copos, ou beijo, não se contamina com o vírus.

Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar. Por isso, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter Aids. Ao desenvolver a Aids, o HIV começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico ( de defesa ) dos seres humanos, sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer e complicar a saúde da pessoa. A pessoa portadora do vírus HIV, mesmo não tendo desenvolvido a doença, pode transmiti-la.

Formas de Contágio
A Aids é transmitida de diversas formas. Como o vírus está presente no esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue, todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas até hoje são : transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue. A Aids também pode ser transmitida da mão para o filho durante a gestação ou amamentação.

Principais Sintomas da Aids
Quando o sistema imunológico começa ser atacado pelo vírus de forma mais intensa, começam a surgir os primeiros sintomas. Os principais são: febre alta, diarréia constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer: pneumonia, alguns tipos de câncer, problemas neurológicos, perda de memória, dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago). Caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.

Formas de Prevenção
A prevenção é feita evitando-se todas as formas de contágio citadas acima. Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações sexuais. Atualmente, existem dois tipos de preservativos, também conhecidos como camisinhas : a masculina e a feminina. Outra maneira é a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos. Instrumentos cortantes, que entram em contato com o sangue, devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do HIV, para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável.

Tratamento
Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.


Leia também: http://pt.wikipedia.org/wiki/AIDS

Dia da Luta contra AIDS


Insituto promove ação no Masp para alertar jovens sobre a Aids



Em virtude do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado nesta quarta-feira (1º), o Instituto Kaplan - Centro de Estudos da Sexualidade Humana realiza, com o apoio do laboratório Abbott, ação de Flash Mob da campanha "10 Mitos e 1 Verdade: a Aids existe. Previna-se”, em São Paulo.


Com o intuito de desmistificar e conscientizar as pessoas quanto a necessidade de prevenção do vírus HIV 10 dançarinos farão uma performance no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo). No final, eles apresentam a mensagem "10 Mitos e 1 Verdade" (ver abaixo).


Haverá também um promotor vestido com a fantasia de um personagem do imaginário popular como Papai Noel e Saci Pererê, distribuindo folhetos explicativos que levam a mensagem de que a Aids existe, e a melhor atitude é a prevenção.


A campanha conta com apoio das Sociedades de Infectologia Brasileira, Paulista, Pernambucana, Rio-Grandense e do Rio de Janeiro.


Quem quiser ganhar uma camiseta da campanha pode entrar no site do Instituto Kaplan (www.kaplan.com.br) e responder um quiz sobre o HIV. As primeiras 100 pessoas terão direito ao brinde.


Mitos sobre a Aids:
1. HIV e Aids são a mesma coisa


2. Não é preciso se preocupar com a Aids porque já existe tratamento


3. Quem é HIV positivo não precisa fazer sexo seguro


4. Sexo oral não transmite o HIV


5. Um casal virgem não corre o risco de pegar HIV


6. Quem tem parceiro fixo não precisa usar camisinha


7. Quem tem HIV não pode ter filhos


8. A Aids pode ser transmitida pelo beijo


9. O teste de HIV só deve ser feito quando há suspeita de Aids

10. Quem tem HIV desenvolverá Aids, inevitavelmente


Verdade sobre a Aids:
1. A AIDS EXISTE. Previna-se e não se esqueça de falar com seu médico.

Campanha “10 Mitos e 1 Verdade: a Aids existe. Previna-se”
Data: 01/12/10 (quarta-feira)
Local: Vão Livre do MASP – Av. Paulista, 1578
Horário: 12h15
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/11/30/insituto-promove-acao-no-masp-para-alertar-jovens-sobre-a-aids.jhtm

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fotógrafo cura depressão de avó registrando-a como uma heroína de filmes e quadrinhos

Matéria veiculada no site: http://revistatpm.uol.com.br/notas/super-mamika.html.
Chamou-me a atenção para a sensibilidade do neto para trazer de volta a alegria e a auto-estima de sua avó que muito fez durante a vida e que passava por um período de depressão. Algumas fotos podem ser vistas no link acima.


"Com muito carinho e cliques. Foi assim que o fotógrafo francês Sacha Goldberger conseguiu ajudar sua avó a se curar de uma depressão. Delicadamente apelidada de Mamika, a série de fotografias de Frederika Goldberger, de 91 anos, se inspira em passagens de sua própria vida.

Nas imagens, ela aparece vestida de super-heroína. Tudo foi pensado pelo seu neto porque, quando jovem, a húngara Mamika salvou 10 pessoas da perseguição nazista durante a Segunda Guerra Mundial, arriscando sua própria vida escondendo judeus em sua casa em Budapeste e os enviando para outros lugares.
Depois de problemas com o governo comunista, migrou para a França onde constituiu família e vive até hoje. Tocado pela tristeza que assolava os dias da avó, o fotógrafo propôs o ensaio que acabou fazendo tanto sucesso que até rendeu uma página no MySpace só para ela.
Hoje, Frederika recebe elogios e recados do mundo todo. Apesar de o início ter sido um pouco complicado, já que ela demorou um pouquinho para entender o ensaio e a internet, hoje parece gostar de todas as mensagens que recebe, que são uma forma do público demonstrar admiração pela sua história e pelas lindas fotografias."

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Exagero ou questão de sobrevivência profissional? Você abre o e-mail do trabalho nos períodos de folga?

Esta matéria foi veiculada no portal UOL em 13/10/2010. Vale a pena ler e refletir.

A diferença entre os dias "úteis" e o final de semana fica cada vez menos clara, e pode só fazer sentido na cabeça de alguns seguidores da cultura pop dos anos 80. Em uma pesquisa realizada pelos institutos Harris Interactive o Opinion Matters, dos EUA e do Reino Unido, respectivamente, ficou evidente que o horário padrão das 9h às 17h virou coisa do passado e que, na verdade, não existe mais esse negócio de "dia livre".

O estudo foi encomendado pela empresa de gestão de tarefas Xobni e revela que 72% dos norte-americanos conferem suas caixas de entrada profissionais mesmo quando estão fora do horário de trabalho. O mesmo pode ser dito de 61% dos ingleses. Entre os americanos, ficou claro ainda que a metade costuma verificar o servidor de e-mails mesmo nas férias. Para 25% dos inlgeses e outros 42% de americanos, nem mesmo estar de licença médica os impede de olhar se chegou alguma mensagem. Entre os avaliados no estudo, também ficou claro que não faz mal nenhum checar a inbox antes de deitar e logo ao acordar.

Estariam os empregados a espera de algo importante? Será que todos eles amam o trabalho tão profundamente que lhes fica difícil saber quando parar? Parece que não. O levantamento conclui que um misto entre a preocupação em manter o emprego e a sobrecarga de tarefas respondem as essas perguntas. O surgimento de dispositivos móveis com conexão à Internet aconteceu em boa hora. Em uma época que o corte de postos de trabalho e o racionamento de recursos é norma vigente na maioria das organizações, aqueles que têm emprego deverão trabalhar dobrado se quiserem continuar na folha de pagamento.
Refletindo sobre o tema: Será que as pessoas estão cada vez mais escravas do emprego? E o tempo livre que serve para esfriar a cabeça, desligar dos problemas e curtir a família? Será que todos conseguem separar um tempo adequado para lazer?
Por isso hoje em dia o estresse e a ansiedade estão cada vez mais disseminadas entre aqueles que querem obter sucesso profissional, mas onde fica a saúde e a capacidade de simplesmente calçar chinelos aos domingos e assistir a um bom filme?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Grupo Terapêutico: Síndrome do Pânico e Ansiedade. Inscrições Abertas!

Grupo Terapêutico - Síndrome do Pânico


A terapia em grupo funciona como coadjuvante ao tratamento para a síndrome do pânico e transtorno de ansiedade, aliviando os sintomas e amenizando o aparecimento de uma nova crise através de técnicas da Análise Bioenergética (técnica de psicoterapia corporal) e exercícios específicos de respiração, com a proteção e o acolhimento da inserção no grupo e troca de experiências e novas maneiras de lidar com o problema. Aprender a relaxar e não se pressionar negativamente ajuda a aliviar a carga e a não gerar ansiedade, pânico e evitar a depressão.

Coordenação:
Danielle Carminatti. Psicóloga (CRP: 06/88077) associada à SOBAB (Sociedade Brasileira de Análise Bioenergética). Psicoterapeuta clínica para adultos, adolescentes e crianças e psicoterapeuta de casais.

Público-Alvo:
Pessoas que estejam passando por crises de pânico ou ansiedade, já diagnosticadas ou não, e que estejam motivadas a melhorar a qualidade de vida. Além de pessoas que já estejam fazendo acompanhamento psicoterápico individual e/ou psiquiátrico.

Duração:
Encontros semanais com duração de 1 hora e meia cada. A duração total do tratamento depende de cada um e pode ser acordado com a psicóloga ministrante conforme sentir-se mais confiante e menos ansioso (a).

Início e horário*:
O próximo grupo terá início em 10/09/2010 (sexta-feira) das 18h às 19h 30min.
Informações e inscrições:
Inscrições até o dia 03/09/2010. Vagas limitadas! Fones: (11) 3062-3049 / 3436-8357 / 8450-6960

Investimento:
R$ 220,00/mensal para pagamento até o dia 05 de cada mês.

Local:
Al. Jaú, 1717 - casa 7 (próx. ao metrô Consolação)

*Informações adicionais: O evento acontecerá na data programada se houver quórum mínimo que o viabilize.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Lei proíbe "palmadas pedagógicas" em crianças e adolescentes

Completando 20 anos, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) passará por reformulação. O estatuto já traz texto sobre maus tratos porém de forma genérica. O projeto de lei 2654/03 pode trazer mais detalhamento na descrição do que seria maus tratos e coloca que palmadas e beliscões ditos "pedagógicos" deverão ser penalizados com advertências, encaminhamento ao programa de proteção à família e orientação psicológica. 


O governo afirma que não pretende criminalizar os pais, e sim evitar que tragédias decorrentes de violência familiar aconteçam. 

Em 2009, pesquisadores norte americanos lançaram um estudo a respeito dos efeitos da palmada no desenvolvimento infantil (Correlates and Consequences of Spanking and Verbal Punishment for Low-Income White, African American, and Mexican American Toddlers. 14/set/2009, Child Development Journal), algo como Correlações e Consequências da palmada e da punição verbal para crianças de baixa renda brancas, afroamericanas e mexicanas.

Neste estudo, foi feita a seguinte pergunta: Você bateu no seu filho(a) semana passada? O resultado foi assustador. Para as crianças até 1 ano, um terço havia apanhado pelo menos duas vezes naquela semana. Já para as crianças de 2 a 3 anos, 50% apanharam três vezes durante a semana.

No mesmo estudo, os pesquisadores aplicaram testes para investigar as conseqüências deste tipo de prática. Descobriram que bebês que apanharam até 1 ano, ficam mais agressivos aos 2 anos. E nos testes de inteligência, crianças que apanharam com 1 e 2 anos, apresentam dificuldades aos 3 anos.

O estudo é recente, acaba de ser publicado. É necessário investigar melhor os dados para dar uma opinião concreta sobre o estudo.
Texto retirado do site: http://www.psicologoemcuritiba.com.br

Impor limites não necessariamente tem como único caminho a palmada. A criança desde muito pequena começa a entender o que pode e o que não pode. A palmada só traz a sensação de impaciência e intolerância dos pais que muitas vezes acaba descontando na criança as frustrações e cansaço do dia a dia, o que não faz com que a criança entenda o que está acontecendo.

Palmadas, tapas ou beliscões podem sim trazer traumas e gera sentimentos violentos na criança que pode transmitir à outras crianças na escola e no ambiente social.

Ter paciência, colocar limites e regras e conversar com seu filho, com certeza trarão mais bem estar e confiança entre pais e filhos.

Quem educa com amor, ensina o amor.

Vale a pena perguntar: Será que esta lei será cumprida? Ou se tornará mais uma lei não praticada, assim com outras do próprio ECA? Isto não é invasão de privacidade já que cada família tem uma cultura, uma ética própria? Como será fiscalizado? Será que a conscientização e uma campanha massiva sobre educação sem violência não geraria mais eficácia?

domingo, 4 de julho de 2010

Mãe é condenada por bullying praticado por filho no RS

Notícia retirada do site: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/07/02/mae-e-condenada-por-bullying-praticado-por-filho-no-rs.jhtm
Se todos pensassem que uma denúncia pode mudar o rumo de uma pessoa, todos fariam sua parte. Colabore!
Disque-denúncia: 100

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou nesta semana a mãe de um adolescente que cometeu cyberbullying (uso de meios eletrônicos para comportamento hostil). O menor criou uma página na internet com a finalidade de ofender um colega de classe. A mãe terá de pagar indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil, corrigidos monetariamente.

De acordo com a Justiça, a vítima entrou com uma ação na cidade de Carazinho, alegando que fotos suas foram copiadas e alteradas, dando origem a um fotolog (espécie de diário fotográfico online) criado em seu nome. Na página, foram postadas mensagens levianas e ofensivas, segundo a vítima. Além disso, foram feitas montagens fotográficas nas quais o autor é retratado em cenas constrangedoras.

Segundo ele, após muita insistência e denúncias por mais de um mês, o provedor cancelou o fotolog. Na sequência, o autor começou a receber e-mails com conteúdo ofensivo, razão pela qual providenciou registro de ocorrência policial e ingressou com ação cautelar para que o provedor fornecesse dados sobre a identidade do proprietário do computador de onde as mensagens foram postadas, chegando ao nome da mãe de um colega de classe.

Os fatos ocorreram enquanto o autor ainda era adolescente e, segundo ele, foram muito prejudiciais, havendo necessidade de recorrer a auxílio psicológico. Por essas razões, sustentou que a mãe do criador da página deveria ser responsabilizada já que as mensagens partiram de seu computador, bem como o provedor, por permitir a divulgação do fotolog.

No 1º Grau, a Juíza de Direito Taís Culau de Barros, da 1ª Vara Cível de Carazinho, condenou a mãe ao pagamento de indenização por dano moral no valor de R$ 5 mil e descartou a responsabilidade por parte do provedor de internet. "Os fatos são claros: em face da ausência de limites que acomete muitos jovens nos dias de hoje, vide os inúmeros casos de bullying e inclusive atrocidades cometidas por adolescentes que vêm a público, o filho da ré, e quem sabe outros amigos, resolveram ofender, achincalhar, e quiçá, fazer com que o autor se sentisse bobo perante a comunidade de Carazinho", diz a sentença.

 

terça-feira, 29 de junho de 2010

Síndrome do Pânico

O transtorno do pânico dificilmente é diagnosticado logo. Seus sintomas podem confundir com uma variedade de problemas médicos, o que atrasa seu diagnóstico já que a pessoa procura várias especialidades diferentes e realizam muitos exames, às vezes durante anos.

Porém, uma vez diagnosticado, o TP é perfeitamente tratável.

O TP é caracterizado por um conjunto de ataques de pânico acompanhados por uma série de sintomas que inclui ao menos 4 destes:
- palpitações / taquicardia
- dores no peito
- náusea
- dificuldade de respirar (sensação de sufocamento, hiperventilação)
- ondas de calor ou frio
- sudorese intensa
- formigamento ou adormecimento nas extremidades do corpo (pés e/ou mãos)
- sensação de estar sonhando ou distorções perceptivas
- medo de perder o controle
- medo de morrer, sensação de morte súbita
- sensação de que alguma coisa terrível vai acontecer

Esses ataques são tipicamente espontâneos, sem nenhum fator desencadeante aparente, e duram em geral alguns minutos, embora para quem sofre pareça uma eternidade, não costuma passar muito disto.

Muitas pessoas com transtorno do pânico desenvolvem medos de situações que elas associam aos ataques e começa a evitá-las, podendo tornarem-se muito limitadas em sua capacidade de desenvolver atividades normais (fazer compras, viajar, ou mesmo sair de casa - agorafobia)

Pessoas com TP podem também sofrer de depressão, dependência de drogas, transtorno obsessivo-compulsivo ou síndrome do cólon irritável, cerca de 20% tentam suicídio, de acordo com estudos.

Ao sentir alguma alteração em seu corpo a pessoa reage com ansiedade. A ansiedade produz um conjunto de reações fisiológicas que são naturais desta emoção como taquicardia e aceleração da respiração. Porém a pessoa com Pânico tende a interpretar estas reações como se elas fossem perigosas - sinal de doença, de catástrofe iminente. Estes pensamentos catastróficos acabam por produzir mais ansiedade, o que por sua vez vai aumentar ainda mais as reações fisiológicas reforçando assim os pensamentos catastróficos, o que gera um ciclo de ansiedade e aumento destas sensações.

Pesquisas sugerem que o TP tem componentes biológicos e psicológicos que interagem entre si. Recentemente, estudos apontam que pessoas com baixa tolerância às respostas normais do corpo e respostas psicológicas ao estresse, e suas respostas disparam ao mínimo sinal de estímulos.

Alguns pesquisadores sugerem que pessoas com TP podem não ser capazes de utilizar substâncias naturais do seu próprio corpo que reduzem a ansiedade.

Reconhecer que sofre de transtorno do pânico e encará-lo como doença real, é um primeiro passo para o tratamento. Muitas pessoas acreditam que o problema exista por sua própria culpa e cabe ao profissional reassegurar que não existe culpado e que o problema é causado por componentes biológicos.

O tratamento deve ser acompanhado por profissionais capacitados para tanto através de psicoterapia e algumas vezes com recursos medicamentosos, tendo consciência dos efeitos colaterais que este pode acarretar, incluindo a dependência. Por isso este tratamento deve ser cuidadosamente acompanhado e sempre conjuntamente com psicoterapia. O tratamento apenas medicamentoso aumenta a chance de recaída em relação aos pacientes tratados concomitantemente à psicoterapia. Há também a possibilidade de tratar-se apenas com psicoterapia especializada.

Os remédios mal administrados podem acabar mascarando por anos o sofrimento ao invés de ajudar a pessoa a superá-lo.

É possível encontrar melhora para o TP quando a pessoa pode voltar a sentir-se identificada com seu próprio corpo, influenciando, assim, seus conteúdos internos, podendo interagir com os outros à sua volta e lidando de maneira mais satisfatória com os sentimentos e fatores internos que precipitaram o pânico.

Saber mais sobre o TP pode ajudar a superar o medo, o embaraço e o cepticismo sobre o tratamento. Encorage-se, busque ajuda e verá que pode fazer uma grande diferença no seu modo de vida.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Imagem corporal e seus distúrbios

O conceito que cada pessoa faz de seu próprio corpo, sendo este real ou fantasiado, denomina-se imagem corporal.

Para ter uma consciência corporal, necessita-se do conhecimento tanto das estruturas anatômicas e relações entre as partes, bem como dos movimentos e das funções de cada parte, também em relação aos objetos e posição espacial.

A auto-estima pode influenciar na consciência corporal, e esta é constituída por três aspectos:

- Residual do narcisismo infantil, ou seja, é quando o afeto está voltado para si, para o próprio corpo, aspecto essencial e matriz da imagem corporal;

- Experiências e realizações dos indivíduos, modo como o corpo se apresenta, seja no visual, impressão tátil, térmica, dolorosa ou na sensibilidade, porém não só a partir destas sensações em si, mas quando permeadas de significados afetivos e cognitivos.

- Núcleo central da personalidade somada à autopercepção e auto-estima constitui a base da noção da própria identidade. Reflete a historia de uma vida, o percurso de um corpo.

Atualmente, há uma obsessão pelo corpo que está investido de libido, e adapta o individuo ao mundo através da sedução, o que leva à solidão, angústia, sensação de vazio e de depressão.

Existem características que promovem uma distorção na imagem corporal, tais como a hipocondria, anorexia, bulimia, intersexualismo, automutilação, ortorexia, vigorexia, depressão, esquizofrenia, transtornos sexuais, estética, dor crônica, dor psíquica, distúrbios psicomotores, stress, velhice, doenças, amputações, traumas, erotização precoce, afetos, transtorno dismórfico corporal e transtorno conversivo.

O transtorno dismórfico corporal caracteriza-se por uma preocupação com um defeito imaginário ou exagerado da aparência física, a anomalia física pode estar ou não presente, mas a preocupação com este pequeno defeito (acne, queda de cabelo, rugas, cicatrizes, manchas, palidez ou rubor, entre outros) é excessivamente acentuada.

O transtorno conversivo é a presença de sintomas ou déficits inexplicáveis, que afetam a função motora ou sensorial voluntária, pode gerar prejuízos na coordenação, paralisia ou fraqueza localizada, afonia, dificuldade para engolir, sensação de nó na garganta e retenção urinária.

O indivíduo é formado de físico, mental e emocional, e para que eles funcionem bem, precisam estar em harmonia entre si. Um corpo tenso e rígido pode ser reflexo de uma mente sem energia e cansada, podendo gerar angústia, depressão, ansiedade, choro e vice-versa.

Na medida em que se vive em uma sociedade com ritmo repetitivo e estressante, as informações de tensão e stress são gravadas em nossa mente e em nosso corpo, condicionando-se a viver de forma mecânica até que o corpo começa a dar sinais de que o organismo está em crise, manifestando-se em doenças das mais variadas como citadas acima.

Quando se percebe isso, é preciso aprender a viver respeitando os próprios limites, um exemplo é “ensinar” a mente e o corpo a relaxar através da compensação, ou seja, estimular o corpo a fazer diferente do que está acostumado, tanto para despertar partes adormecidas, mas também para desenvolver a força de que se é capaz, geralmente desconhecida por não explorá-la o suficiente ou de forma inadequada.

Pode-se alcançar o perfeito equilíbrio do organismo e a consciência corporal, através de uma nutrição adequada, técnicas específicas corporais, técnicas imaginativas, esportes e condicionamento físico supervisionado, grupos de apoio, técnicas expressivas e psicoterapia, individual, familiar ou grupal.

É importante nutrir-se interiormente, reinvestir-se afetivamente, resgatar valores positivos, comprometer-se com a vida, praticar a resiliência, inclusão, solidariedade e o amor, para então viver em harmonia consigo e com o outro.

domingo, 27 de junho de 2010

Filhos adolescentes. Como lidar com esta fase?

Adolescência... Idade de muitas mudanças tanto para os próprios jovens, quanto para seus pais e familiares. Como resolver os principais conflitos que surgem nessa relação durante este período?

Primeiramente, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a adolescência vai dos 10 até os 20 anos de idade. No Brasil, segundo o Estatuto da Criança e do adolescente, a faixa etária é de 12 a 18 anos de idade.

Sabemos que cada pessoa se desenvolve em um ritmo diferente, portanto a adolescência pode ser considerada não pela faixa etária (estabelecida pela média), mas sim como um período do desenvolvimento humano correspondente às alterações hormonais, físicas, sociais e psicológicas que afetam todas as instâncias que rodeiam este adolescente, ou seja, da puberdade que inicia a maturação sexual, até a idade adulta em que uma identidade já está estabelecida de acordo com seus valores, e cada um vai vivenciar esta fase de uma maneira muito peculiar.


Neste período, as descobertas das suas próprias opções, as inserções sociais através da inclusão em uma determinada tribo ou grupo que tenha a mesma afinidade, o contato com a sexualidade, experimentar coisas novas (incluindo as drogas lícitas e ilícitas).

A dualidade entre sair da infância e viver a vida adulta causa no psicológico uma grande confusão de ações e pensamentos que geram muitas vezes as brigas com os pais.

Por sua vez, os pais sempre acham que eles erraram em algum ponto e se culpam pelo filho ser rebelde em alguns ou em todos os momentos. O principal ponto a ser trabalhado na relação pais e filhos, é a comunicação!

Quando se contrapõe às solicitações dos filhos, a tendência é contrariar. Quando se permite que o filho faça o que quiser, ele sempre vai agir de modo rebelde como um pedido desesperado de atenção e limite por parte dos pais. O que quero dizer, é que se deve haver equilíbrio nesta relação, poder de negociação e argumentação plausível para não permitir que o filho faça algo que os pais acham indevido.

Mesmo com todas essas dicas, existem situações que são realmente inusitadas e delicadas, e até os pais mais pacientes podem se desequilibrar quando se deparam com elas.

Descobrir que os filhos usam drogas ou estão fumando cigarros, pretende parar de estudar, engravida, aparece em casa embriagado, é homossexual, tem más companhias ou namora pessoas muito mais velhas, conta sobre sua primeira relação sexual... Enfim, muitas destas situações são desconcertantes para muitos pais, e podem levá-los a tomar atitudes extremas, como brigar, gritar, acusar e menosprezar julgando suas atitudes, começa a mexer em suas coisas tentando investigar o que está acontecendo e nunca tire conclusões precipitadas sem ter certeza daquilo que está acontecendo.

Quando o filho ou filha tem a liberdade de contar o que está acontecendo, elogie pela sua atitude e coragem, porém, se precisar ser enérgica para não se repetir, não hesite, mas não se esqueça de falar em tom de conversa explicando sempre os principais motivos por não querer que ele faça novamente, ou então alertando dos problemas que podem ocasionar e as conseqüências futuras, sempre deixando o caminho receptivo para a conversa.

Em caso de filhos usuários de drogas e álcool, ofereça ajuda e apoio, se necessário, busque um profissional para que possa melhor orientá-lo do que fazer nesta situação, mas nunca o humilhe nem agrida seu filho, este é um momento delicado em que ele precisa de apoio principalmente da família.

Já a homossexualidade não é doença como ainda se pensa, mas sim uma opção de vida sexual de seu filho, lembre-se que até vocês pais descobrirem, ele deve ter passado por momentos muito difíceis para enfrentar o preconceito até a decisão de se assumir.

Para os pais, quando o filho comunica que quer parar de estudar, parece que o mundo desabou! De imediato, vem a vontade de falar que seu filho não terá futuro, que é um imprestável, humilhá-lo em todos os sentidos, mas será que não vale a pena ouvir o que ele tem a dizer? Um dos motivos que pode levar a um jovem pensar em desistir de estudar é a violência que ele talvez sofra dos colegas de sala, o chamado bullying.


Enfim, em todos os casos em que os pais se sintam inseguros e em situação na qual não se sabe como agir, o melhor a fazer é manter a calma e saber sobre as motivações que levaram o filho a tomar determinada atitude, sempre respeitando seu ponto de vista, afinal, é assim que a identidade se constrói para que se torne um adulto confiante, seguro de si e responsável.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Gestação na adolescência

Este assunto ainda é tabu para a sociedade. Foi-me solicitado para conceder uma entrevista para o Jornal Guarulhos Hoje.
Segue a entrevista na íntegra.
  
Guarulhos Hoje: De que forma a TV e a mídia em geral interfere no comportamento sexual dos adolescentes? De que forma você avalia essa situação?

                                                               
Danielle: Não dá para generalizar que a mídia pode interferir negativamente sempre. A questão é que o adolescente está na faixa de transição entre a infância e a fase adulta, o que pode confundir os limites do que é aceitável para a idade ou não. Em diversos horários, a televisão, por exemplo, em novelas, transmite cenas eróticas e sensuais, o que estimulam a sexualidade desses adolescentes. A informação e instrução devem partir da família e propor seus limites, além de encarar de forma natural a sexualidade. Os meios de comunicação poderiam também abrir mais espaço para instrução, prevenção e cuidados a esse respeito, não apenas em alguns poucos momentos, mas expandir sua programação para questões educativas não só sobre sexualidade, mas também sobre comportamento e outros assuntos de interesse público.

Guarulhos Hoje:
O que uma gravidez fora de hora muda na cabeça de um casal de adolescentes? Para a menina é sempre mais complicado ou nem sempre?

Danielle: Existe conflito e sofrimento para todos os envolvidos no caso de uma gravidez precoce.  A gravidez obriga ao adolescente amadurecer precocemente, deixar o papel de filha ou filho e assumir o papel de mãe ou pai. Mas como ser mãe/pai se a própria maturidade emocional, psicológica, financeira e física ainda não foi alcançada? É justamente por isso que a gravidez nesta fase da vida é tão complicada. Para a menina, ocorre a culpa por ter traído a confiança dos pais e o medo de ser desamparada por eles ou pelo namorado, faz com que o conflito seja maior ainda. A mudança do corpo feminino na gravidez, causa, principalmente na adolescente que mal se acostumou com o novo corpo em transformação, vê sua imagem corporal distorcida e muitas vezes desiste de todos os objetivos e sonhos futuros. Alguns casais adolescentes que passam por essa situação, acabam casando-se precocemente e na maioria dos casos acabam separando-se muito rapidamente também. A grande responsabilidade de cuidar das contas no fim do mês, falta de oportunidade de se divertir além do trabalho natural que cuidar de uma criança exige, ajuda o casal a entender que a vida real é bem diferente.

Guarulhos Hoje: Que complicações e riscos que uma mãe adolescente pode ter na gravidez que uma mãe não adolescente tem menos chances de ter?  

Danielle: A gravidez pode gerar complicações psicológicas, por exemplo, a depressão pós-parto, pode ocorrer em qualquer idade, o maior conflito na adolescência quando se depara com uma gravidez indesejada é principalmente o temor que a mudança vai gerar em todo o complexo familiar e na vida deste casal adolescente. O medo de ser abandonado pela família, a falta de instrução e apoio dos pais e do próprio namorado desta garota podem agravar algumas questões psicológicas. Outras questões estão no âmbito do próprio crescimento, desenvolvimento emocional e comportamental, algumas vezes a desistência de continuar estudando, além de complicações durante a gravidez e no parto pelo próprio corpo ainda não estar totalmente preparado e desenvolvido para esta gravidez.

Guarulhos Hoje: E na família dos jovens pais, qual a mudança que acontece? O que os pais desses jovens devem ou não devem fazer em relação à gravidez?

Danielle: Quando a família descobre essa gravidez, o mais importante é o apoio ao adolescente. Fazer o pré-natal desde o início da gestação e receber o auxílio de um profissional de saúde, como por exemplo, psicólogos e assistentes sociais que tranqüilizam e amenizam a ansiedade da adolescente, diminuindo a possibilidade de depressão e outras problemáticas que decorrem dessa gravidez precoce. O diálogo entre pais e filhos não pode restringir-se a falar sobre o uso de preservativo, mas também das conseqüências possíveis do não uso, que envolve a gravidez precoce e muitas doenças venéreas. Os pais precisam preparar-se com o conhecimento a respeito do tema para lidar com esse assunto que para muitas famílias ainda é um tabu, porém faz toda a diferença para o adolescente sentir-se seguro emocionalmente para tomar suas próprias decisões. Depois de engravidar, não adianta a família se desesperar, recriminar ou desamparar esse adolescente, só vai piorar as condições emocionais dele, é nesse momento que ele mais precisa do apoio e compreensão para passar por essa questão de forma mais tranqüila possível.

Guarulhos Hoje:
Qual a melhor maneira de se abordar a questão do sexo com os adolescentes? É em casa, na escola, ou em algum outro ambiente?

Danielle: Cabe ressaltar que em muitos casos de gravidez na adolescência, alega-se que apesar de ter o conhecimento dos métodos contraceptivos, esses adolescentes deixam a cargo da sorte e aproveitam o momento de prazer que a relação sexual proporciona. O diálogo aberto e sem restrições favorece para o amadurecimento e compreensão da realidade por parte desses adolescentes. Portanto, tanto a família tem papel fundamental para a educação sexual dos filhos, quanto a escola também deveria ter um programa de orientação para seus alunos com grupos de discussão e palestras constantes. A conversa que o adolescente tem entre eles, até pode ajudar, mas um sabe tanto quanto o outro sobre o assunto, então se tiver algum adulto que confie e saiba do assunto para poder tirar as suas dúvidas também é um modo de conhecer sobre a sexualidade.

Guarulhos Hoje: Muitos pais se preocupam com a possibilidade da menina engravidar novamente e isso, de acordo com pesquisas, é uma coisa muito comum de acontecer. De que forma os pais devem alertar seus filhos sobre este risco?

Danielle: O alerta a uma segunda gravidez pode ser feita do mesmo modo que na prevenção. Quando isso acontece, ou a adolescente ainda não conseguiu perceber o quanto ela deve ser responsável para cuidar desse bebê, ou quando a personalidade dela é inclinada ao risco, ou sua auto-estima está comprometida, e acaba atribuindo seu sucesso à sorte e seu fracasso às limitações que acredita ter, outras vezes, é para chamar a atenção dos pais. Vale, nestes casos, consultar um profissional adequado para trabalhar esses pontos frágeis na personalidade e no emocional dessa adolescente.

sábado, 12 de junho de 2010

É Ela! É Ela! É Ela! É Ela!

E hoje é dia dos namorados!
Ah! O Amor..........
Este poema de Álvares de Azevedo retrata o amor puro, sem floreios, sem máscaras, de uma beleza que não é a que ilustra capa de revista, de um desejo interno, de uma emoção verdadeira pelo que é a pessoa e não o que representa.

É ela! É ela! - murmurei tremendo,
E o eco ao longe murmurou - é ela!
Eu a vi... minha fada aérea e pura -
A minha lavadeira na janela!

Dessas águas-furtadas onde eu moro
Eu a vejo estendendo no telhado
Os vestidos de chita, as saias brancas;
Eu a vejo e suspiro enamorado!

Esta noite eu ousei mais atrevido
Nas telhas que estalavam nos meus passos
Ir espiar seu venturoso sono,
Vê-la mais bela de Morfeu nos braços!

Como dormia! Que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!...
Quase caí na rua desmaiado!

Afastei a janela, entrei medroso...
Palpitava-lhe o seio adromecido...
Fui beijá-la... roubei do seio dela
Um bilhete que estava ali metido...

Oh! de certo... (pensei) é doce página
Onde a alma derramou gentis amores;
São versos dela... que amanhã de certo
Ela me enviará cheios de flores...

Tremi de febre! Venturosa folha!
Quem pousasse contigo neste seio!
Como Otelo beijando a sua esposa,
Eu beijei-a a tremer de devaneio...

É ela! É ela! - repeti tremendo;
Mas cantou nesse instante uma coruja...
Abri cioso a página secreta...
Oh! Meu Deus! Era um rol de roupa suja!

Mas se Werther morreu por ver Carlota
Dando pão com manteiga às criancinhas
Se achou-a assim mais bela - eu mais te adoro
Sonhando-te a lavar as camizinhas!

É ela! É ela! meu amor, minh'alma,
A Laura, a Beatriz que o céu revela...
É ela! É ela! - murmurei tremendo,
E o eco ao longe suspirou - é ela!

Autor: Manuel Antônio Álvares de Azevedo

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Estresse no início da vida pode modificar os genes e o comportamento, diz estudo

Estresse no início da vida pode modificar os genes e o comportamento, diz estudo
11 de novembro de 2009 (Bibliomed). Um estudo alemão recentemente publicado na revista científica Nature Neuroscience indica que o estresse nos primeiros anos de vida pode ter um impacto significativo nos genes, podendo resultar em problemas de comportamento. A partir de testes com ratos, os cientistas descreveram que os pequenos estressados produzem hormônios que modificam os genes, o que afetaria o comportamento ao longo da vida.
No estudo, os pesquisadores separaram os filhotes das mães três horas por dia durante dez dias. "Foi um estresse muito leve, e os animais não foram afetados em nível nutricional, mas eles se sentiram abandonados", explicaram os autores. E eles notaram que aqueles que haviam se sentido dessa forma no início da vida eram menos capazes de lidar com situações estressantes ao longo da vida, além de apresentarem pior memória.
De acordo com os autores da pesquisa, esses efeitos são causados por "mudanças epigenéticas", em que a experiência estressante muda o DNA de alguns genes. E esse processo ocorreria em dois momentos: quando os filhotes são estressados, produzem altos níveis de hormônios do estresse; e esses hormônios "ajustam" o DNA de um gene que codifica um hormônio específico do estresse chamado vasopressina. "Isso deixa uma marca permanente no gene da vasopressina", explicou o cientista Christopher Murgatroyd, destacando que "esse gene é programado para produzir altos níveis desse hormônio ao longo da vida".
Na pesquisa, os cientistas mostram que esse processo envolvendo a vasopressina está por trás de problemas de comportamento e de memória. Quando eles deram, aos ratos adultos, drogas que bloqueavam os efeitos do hormônio, o comportamento dos roedores voltou ao normal.
Os autores acreditam que os resultados dos testes com ratos possam ser replicados em humanos, e eles já estão investigando como o trauma na infância pode levar a problemas como depressão. "Há forte evidência de que adversidades como abuso e negligência durante a infância contribui para o desenvolvimento de doenças psiquiátricas, como a depressão", destacaram. "Isso ressalta a importância do estudo de mecanismos epigenéticos nos distúrbios relacionados ao estresse".
Fonte: BBC News. 08 de novembro de 2009.

Texto retirado do site da SOBAB - www.analisebioenergetica.com.br

quinta-feira, 10 de junho de 2010

É Preciso Não Esquecer Nada - Cecília Meireles

É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.

É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.

O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.

O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.

O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos severos conosco,
pois o resto não nos pertence.
  Autor: Cecília Meireles

"POR QUE AS PESSOAS SOFREM"

Quantas vezes na vida as pessoas tentam ser o que não são e insistem em caber em um grupo, lugar, jeito, corpo, imagem... Será que não seria mais fácil ser apenas quem somos? Será que não é mais fácil entender o que queremos do que querer algo que o outro quer?
Este singelo texto que citarei a seguir, retrata de forma muito delicada, porém consistente o que as pessoas  fazem com a vida.  
O texto abaixo foi recebido por mim via e-mail através do site do Padre Marcelo Rossi. www.padremarcelorossi.com.br.
A netinha pergunta a vovó:
- Vovó, por que as pessoas sofrem?
- Como é que é ?
- Por que as "pessoas grandes" vivem bravas, irritadas, sempre preocupadas com alguma coisa ?
- Bem, minha filha, muitas vezes, porque elas foram ensinadas a viver assim.
(silêncio)
- Vó...
- Oi...
- Como é que as pessoas podem ser ensinadas a viver mal?
Não consigo entender.
- Por que elas não percebem que não foram ensinadas a serem infelizes, e não conseguem mudar o que as torna assim.
Você não está entendendo, não é, meu amor?
- Não, Vovó.
- Você lembra da historinha do Patinho Feio?
- Lembro.
- Então... o patinho se considerava feio porque era diferente de todo mundo.
Isso deixava-o muito infeliz e perturbado, tão infeliz que um dia ele resolveu ir embora e viver sozinho.
Só que o Lago que ele procurou para nadar tinha congelado, e estava muito frio.
Quando ele olhou para seu reflexo no lago, percebeu que ele era, na verdade, um maravilhoso cisne.
E assim se juntou aos seus iguais e viveu feliz para sempre.
(mais silêncio)
- O que isso tem a ver com a tristeza das pessoas?
- Bem, quando nascemos, somos separados de nossa "natureza-cisne".
Ficamos como patinhos, tentando caber no que os outros dizem que está certo e passamos muito tempo tentando
virar patos.
- É por isso que as pessoas grandes estão sempre irritadas?
- Isso! Viu como você é esperta?
- Então é só a gente perceber que somos cisnes que tudo dá certo?
(engasgou)
- O que foi vovó?
- Na verdade, minha filha, encontrar o nosso verdadeiro espelho não é tão fácil assim.
Você lembra o que o patinho precisava fazer para se enxergar?
- O que?
- Ele primeiro precisava parar de tentar ser um pato.
Isso significa parar de tentar ser quem a gente não é.
Depois, ele aceitou ficar um tempo sozinho para se encontrar.
- Por isso ele passou muito frio, não é, vovó?
- Passou frio e ficou sozinho no inverno.
- É por isso que o papai anda tão sozinho e bravo?
- Como é, minha filha?
- Meu pai está sempre bravo, sempre quieto com a música e a televisão dele.
Outro dia ele estava chorando no banheiro... (emudeceu durante algum tempo).
Essas crianças...
- Vó, o papai é um cisne que pensa que é um pato?
- Todos nós somos, querida.
- Ele vai descobrir quem ele é de verdade?
- Vai, minha filha, vai.
Mas, quando estamos no inverno, não podemos desistir, nem esperar que o espelho venha até nós.
Temos que procurar ajuda até encontrarmos.
- E aí, viramos cisnes?
- Nós já somos cisnes.
Apenas não deixamos que o cisne venha para fora, e tenha espaço para viver.
(A menina deu um pulo da cadeira).
- Aonde você vai?
- Vou contar para o papai, o cisne bonito que ele é.
A boa vovó apenas sorriu!
Que um dia possamos descobrir o BELO CISNE que existe dentro de nós.

Aprendamos a ser cisnes, gansos, avestruzes e por que não patos?! Mas que seja coerente, que seja verdadeiro, que possamos manter nossa imagem exatamente como somos, não como os outros querem...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Por que é tão difícil decidir e começar a fazer psicoterapia?

Esta pergunta pode trazer desconforto e uma grande angústia quando aparece no momento de decidir fazer terapia! E essa dúvida surge em um momento de grande dificuldade de enfrentamento psicológico, quando as possibilidades de se resolver por si só já se esgotaram, e vem a pergunta: E agora? Será que preciso mesmo de um psicólogo??
Muitos ainda acreditam que quem faz psicoterapia é frágil, que não consegue resolver seus problemas sozinho. Parece-me mais uma desculpa para não entrar em contato com suas questões. Medo de enfrentar aquilo que mais incomoda, medo de descobrir-se e encontrar-se consigo mesmo, medo de de repente perceber que só será possível ser melhor se tomar coragem de mudar. Medo, medo, medo, tanto medo....
E agora? Será que tenho coragem para isso?
Faz parte deste enfrentamento, a busca de um profissional que se identifique, que tenha empatia, que sinta-se à vontade para mergulhar em uma análise profunda de tudo que possa permear as relações.
Será que esse profissional vai me aceitar como sou? Será que vai ser capaz de me compreender? Será que por ser tão complicado assim ele vai conseguir me auxiliar?
Tantas perguntas que só poderão ser respondidas experimentando... Tem outro jeito? Esse monstro do medo só vai poder se dissolver à medida que se chega perto e percebe que é só uma sombra, que ele não é tão real quanto parecia antes. Quer tentar?

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Prós e contras de casais com a mesma profissão

Entrevista concedida para a Revista Eletrônica Infomoney. 
Leia a matéria editada em:
http://dinheiro.br.msn.com/comportamento/artigo.aspx?page=0&cp-documentid=24193081

Revista Infomoney - Quais os prós e os contras de se ter um companheiro com a mesma ocupação?
Discutir sobre mesmo assunto, ter afinidades e projetos semelhantes é um bom indício de que a relação pode dar certo. Quando a competição aparece e o sentimento de ser melhor que o outro toma conta do pensamento de um dos companheiros, começa a atrapalhar a boa convivência e fluidez desta relação. É necessário muita conversa e apoio mútuo para não entrar em conflito.
RI - Haverá algum tipo de concorrência entre eles?
Pode existir concorrência e até ciúmes se um deles estiver em uma posição mais privilegiada em relação ao cargo ou quando em empresas diferentes, uma pode ter uma política que prestigia os funcionários e reconhece o trabalho e na empresa do outro não, o que pode gerar um desconforto, porém a questão é saber lidar com as diferenças e até usar como incentivo para conquistar melhores condições.

RI - A relação poderá ser fortalecida com a divisão de trabalho entre o casal?
Depende. Cada casal poderá encontrar o seu jeito de fazer isso. Se há necessidade de trabalhar no mesmo setor, o importante é aprender a separar as discussões do casal com problemas no trabalho. Um não pode interferir no outro, e se isso acontecer, deve-se resolver cada situação em seu ambiente, no trabalho não se resolve problemas de casa e vice-versa.

RI - Trazer trabalho para casa, neste caso especifico, pode acarretar em problemas?
Trabalho em casa é sempre um problema. Algumas questões até podem ser discutidas, mas é preciso tomar cuidado para que não se torne um hábito e o casal não consiga manter outro diálogo que não seja o trabalho. O diálogo sobre as questões do próprio casal precisa manter-se para que a relação continue saudável.

RI - Como deverá ser a discussão profissional do casal?
Para discutir sobre o profissional, deve-se esquecer que existe uma relação afetiva para que esta carga emocional não se torne empecilho ou estopim para mostrar pontos de vista e melhorias para um trabalho mais eficaz, sem que isso vire uma briga ou competição.

RI - Se um dos dois se dar melhor do que o outro na profissão, o que pode acontecer?
Esta questão precisa ser conversada entre os dois, e se acontecer, um deve dar apoio ao outro, pois quando uma relação é saudável sempre há consenso em querer o melhor. Se isso não acontecer e um dos dois sentir inveja ou ciúmes pela melhor posição profissional do outro, o melhor a fazer é perguntar-se porque se sente assim e o que poderia fazer para orgulhar-se do parceiro. Também é uma oportunidade para pensar no que fazer para conseguir uma melhor colocação no mercado já que está se sentindo aquém de sua capacidade.

RI - Você gostaria de acrescentar algo?
A melhor maneira de manter uma relação seja ela no mesmo ambiente de trabalho ou não é manter um diálogo aberto com seu parceiro, podendo discutir sobre medos e anseios sendo ouvido de forma acolhedora. Quando o casal consegue dialogar sem bloqueios sobre todos os assuntos, a vida conjugal torna-se mais natural e preenchida, assim, ambos podem dar suporte um ao outro ao surgirem frustrações pelo caminho.

sábado, 24 de abril de 2010

Lista enumera "10 pecados" de psicólogos e analistas - Reportagem Folha Online

Aos pacientes, clientes, psicólogos, psicanalistas, terapeutas e analistas e à todos que lidam com a vida humana. Enfim, ética e respeito deve haver em todos os setores da vida, mas quando se trata de um vínculo terapêutico em que a pessoa já está fragilizada por alguma questão, o cuidado com certos vícios devem ser redobrados.

O cuidador também é humano e em algum momento pode se sentir cansado, com fome, sonolento, mas estamos ali para auxiliar uma pessoa, temos que estar disponíveis, e se isso não for possível naquele momento, o melhor é suspender a sessão e remarcar. O importante é que o terapeuta em seu papel esteja integralmente no atendimento, de corpo e mente presentes.

Tentar perceber o que está acontecendo e se apenas com um ou outro paciente isso acontece, vale a pena pensar que isso faz parte do processo terapêutico e analisar quando essa pessoa deixa o terapeuta cansado ou entediado, para poder trabalhar essa relação provavelmente transferêncial.

Se acha que você paciente ou cliente está sendo privado de ética e respeito, converse sobre o que está acontecendo em sessão diretamente com seu terapeuta ou se isso já foi feito e nada mudou, então está na hora de procurar um outro profissional.

Reportagem publicada em 14/04/2010. Para ler na íntegra, clique no link abaixo.
Por: FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S.Paulo

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Por que tiramos a espontaneidade de nossas vidas?

De acordo com o dicionário, espontaneidade significa "qualidade de quem é espontâneo; facilidade com que alguma coisa se produz; aquiescência, conde­s­cendência natural; naturalidade, singeleza".
Diante disto, pensaremos nas crianças antes de serem tolhidas. As crianças são a imagem da espontaneidade, verdade, vida, riso, alegria, instinto, imaginação, fantasia, liberdade, confiança, vivacidade, energia, dúvidas, respostas, entre tantas outras características inatas que poderiam ser citadas.
Faz parte da vida que as crianças sejam educadas e a elas mostradas o que é certo ou errado, e deveria de fato ser assim em todos os âmbitos, cultivando a ética, mas sem entrar nesse mérito no momento, o que gostaria de destacar é que muitas vezes para se educar, os adultos usam mais do que um apontamento do que se deve ou não fazer e em qual momento. Por acreditar que a criança não necessita de uma explicação do que está sendo ensinado, o adulto limita-se a dizer que não deve, não quer, não aceita.
A criança é capaz de perceber quando é entendida e considerada, e à medida que isso acontece adota aquele aprendizado como algo especial a ser levado em conta, encontrando no adulto a segurança que necessita para crescer firme e ao mesmo tempo respeitando a si mesmo e ao próximo.


Um exemplo: Quando a criança chora porque o adulto não deixou ela ir a uma festa porque este tinha outro compromisso e não poderia levar ou buscar, o comum é simplesmente dizer que a criança não vai e pronto, quando deveria se dizer que entende que a criança está triste por não poder ir, mas que naquele momento não tem o que fazer pois não poderia ir levá-la ou buscá-la.
Quando crianças ouvimos várias frases que ficam sem sentido: "Pára de chorar", "Meninos não choram", "Não pode rir alto", "Porque está rindo tanto, parece bobo", "Que coisa feia ficar emburrado", "Não corra", "Não pule", "Não cante", "Não dance", "Senta direito"....
Validar a criança desse sentimento que ela está percebendo em si é uma maneira de demonstrar amor e limite ao mesmo tempo, fazendo com que ela aprenda de uma forma muito mais suave que nem sempre pode-se ter tudo o que se quer na hora que se quer e apesar de ser um momento de frustração, o amor permanece, pois o adulto compreende e autoriza o que ela está sentindo, mesmo não podendo suprir de imediato a solicitação da criança. Perceber o outro, independente de sua idade, denota amor e respeito, o que faz com que as perdas da vida sejam muito mais suaves.
Quando há um acúmulo de frustrações e perdas sem sentido para a criança, na medida em que vão se acumulando, perde-se a espontaneidade e a alegria  já que a criança começa a acreditar que nada pode, nada consegue e passa a ter um sentimento de tristeza e derrota, tornando-se no futuro, um adulto insensível, fechado às emoções com menos graça e leveza.
Colocação de limite sem amor obstrui e calcifica sentimentos genuínos, reprimindo-os. Amor sem colocação limite é sentido como falta de amor, descaso e incompreensão.
Saber dar limite com amor é o segredo para educar de maneira satisfatória para que a criança compreenda quando o limite está sendo dado porque realmente não pode.


E afinal, o que tudo isso tem a ver com espontaneidade? Na verdade, tudo!
Nos adultos, a espontaneidade serve para termos uma vida mais leve, com menos sisudez e ao mesmo tempo com a responsabilidade que nos são exigidas. Os trabalhos voluntários ou involuntários e necessários poderiam se tornar mais prazeirosos se colocarmos o sentimento junto, isso acontece quando fazemos algo por inteiro, sem ansiedade, sem cobrança de sermos todo-poderosos. Fazer uma tarefa e estar nela integralmente e lembrar de outra apenas quando acabar a primeira. Algumas vezes isso é utópico, mas colocando prioridades na lista de tarefas e fazendo uma a uma sem se preocupar com a próxima é a maneira mais gratificante de não sentir ansiedade e deixar com que as coisas aconteçam de forma natural. A graciosidade e harmonia virão espontaneamente.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Análise Bioenergética: Uma outra forma de psicoterapia.

A energia está envolvida em todos os processos vitais, através da alimentação, respiração, movimentos e qualquer outra atividade de troca entre o interno e o externo. Porém, o organismo mentalmente saudável precisa ter um equilíbrio energético, ou seja, equilíbrio entre o influxo e a descarga de energia. 

O indivíduo que não se atenta ao próprio corpo significa que ele sente medo de perceber ou experimentar sentimentos, que quando se apresentam ameaçadores, tende a serem suprimidos, adquirindo em seu corpo, pontos de tensões crônicas que impedem o fluxo de energia. 

A bioenergética tem como base, a identificação dessas tensões através de posturas que o corpo adota, para então, provocar a ruptura destas, causando um insight e, portanto, o alívio de seus medos, tristeza e raiva, fazendo com que a energia corporal, fonte de vida, possa fluir livremente pelo corpo do indivíduo. Isso dar-se-á por meio de técnicas e exercícios específicos a cada pessoa, para a retomada de sua vida corporal.
Através de técnicas corporais específicas para dissolver os bloqueios, vai-se descobrindo traumas, vivências prazeirosas, e a possibilidade de abrir-se para a vida sem medo de senti-la por completo com todas suas nuances, seja alegria, tristeza, amor, raiva, prazer...
A grande questão é perceber o que nosso corpo está sentindo de fato e poder descarregar de maneira efetiva, por exemplo quando se sentir triste, poder chorar para aliviar essa tensão criada.

Muitas pessoas não choram ou não conseguem sentir raiva por achar que nunca vai passar ou será altamente destrutivo, mas através desta técnica pode ser sentido e aliviado, para então ter espaço para alegria, amor e prazer.

À medida que tomamos posse do autoconhecimento corporal, o ego afrouxa-se de suas defesas e deixa os sentimentos mais livres, integrando-os à personalidade, tornando-a mais amadurecida e saudável. 

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Amor e sexualidade no casamento

Num breve histórico sobre casamento, até o século XVII na cultura Ocidental, era essencialmente para perpetuar as famílias nobres, e produzir descendentes legítimos, e a paixão, o desejo, ficava por conta do relacionamento extraconjugal.

Apenas a partir do século XVIII amor e desejo começam a aproximarem-se um do outro, e um novo ideal passou a prevalecer na sociedade do ocidente. Atualmente, a sociedade argumenta sobre o que se leva ao casamento sem amor, não aceitando que isso ainda possa existir na contemporaneidade.

A função da sexualidade na relação conjugal é o que se permite manter os afetos, sentimentos e o próprio amor. Sexo traz vitalidade ao corpo e à mente. É um momento de troca plena, importante na manutenção da aliança do casal.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) leva em conta a sexualidade para medir a qualidade de vida de uma pessoa, juntamente com o bem-estar físico, mental e social.

Estudos mostram que a pessoa que tem uma vida sexual ativa e eficaz envelhece mais lentamente, diminui o risco de infarto, é bem humorada e feliz, tem menor índice de doenças, entre outros benefícios. Dificuldade sexual pode causar baixa na auto-estima, o que acarreta crises na vida profissional e pessoal.

Quando o sexo é bem feito, há uma troca de sentimentos, sensações, carinho e cumplicidade, que é conseguido com a pessoa desejada, desde que não interfira e/ou limite a sua fantasia e a liberdade sexual nem a do companheiro.

Hoje em dia é muito difícil conseguir esta entrega eficaz ao outro, já que dá a sensação de derrota e de que está nas mãos do outro, por isso cada vez mais as relações estão volúveis e superficiais.

Conseguir se entregar ao outro e a si mesmo é possibilitar experimentar a alegria e o prazer que esta liberdade acarreta.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Para que fazer psicoterapia de casal?

Há um grande paradigma de que fazer psicoterapia de casal causa a separação, o que não é necessariamente verdade. Nem todos os casos terminam em separação desde que ambos tenham a vontade de continuar com o relacionamento. Em consultório percebo que a porcentagem de casais que melhoram a qualidade de vida conjugal é muito maior do que aqueles que decidem pela separação.

A idéia de se fazer psicoterapia é sempre para melhorar algo que não está bem, e nem sempre o melhor a se fazer é o mais fácil, por isso a coragem, perseverança e vontade de ser feliz devem estar à frente quando se decide entrar em terapia.



A psicoterapia com casais pode ser realizada tanto para casados, namorados, noivos, que moram juntos (heterossexuais ou homossexuais) que estão em um momento de crise afetiva ou sexual, que geram dúvidas sobre a continuidade desse relacionamento e desgaste.

Muitos casais recorrem à terapia de casal como último estágio antes da separação, pela incapacidade de resolverem conflitos ou pela insatisfação sexual.

A psicoterapia de casal visa melhorar a comunicação, enriquecer e desenvolver habilidades de resolução de problemas, equilibrar os padrões de comportamentos que levam à discórdia, aliviar problemas sexuais, diminuir progressivamente os conflitos destrutivos, avaliar e expor crenças sobre o relacionamento, e principalmente, promover a satisfação conjugal.

Existem alguns casos que a terapia de casal não é indicada, e na primeira entrevista o psicólogo poderá avaliar a necessidade de uma intervenção primeiramente individual, por ter a probabilidade de ser ineficaz.

A falta de envolvimento por um dos parceiros, ou outros problemas específicos podem ser tidos como pontos fundamentais para não se iniciar uma psicoterapia de casal.

Alguns fatores comprometem a eficácia do trabalho e precisam ser resolvidos antes, tais como:
* Não querer abandonar um caso extraconjugal;
* Um dos parceiros já se decidiu pela separação;
* Perturbação de personalidade ou caráter que leva a relacionamentos instáveis;
* Violência física;
* Dependência de álcool ou drogas;
* Nunca houve atração entre o casal.


O que importa no momento de se decidir lutar pelo relacionamento é saber se o respeito, o amor e a vontade de permanecerem juntos prevalecem. A psicoterapia também auxilia na busca por esta reposta.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A construção dos relacionamentos amorosos

O momento mais crítico e fundamental da estruturação e da formação da nova família é a escolha do parceiro, que se relaciona a um conjunto de valores pessoais, familiares e sociais.

Uma relação conjugal não pode ser simplificada à soma de duas pessoas com personalidade distintas, é um novo processo de organização que depende de duas outras unidades, a família de origem e pelo próprio sistema social.

Para estabelecer um bom desenvolvimento pessoal implica em redefinir continuamente os papéis, funções, poder e regras, desde que sejam flexíveis a ponto de concordar com os valores de cada parceiro.

A união com outra pessoa requer ajustes constantes até que consigam elaborar um consenso de idéias e regras, com a negociação de tarefas, modificando papéis e assumindo novos compromissos, por exemplo, deixar de ser filho e passar a ser marido; deixar de ser filha ou irmã e passar a ser mãe.

A partir deste princípio é que o casal começa a construir sua identidade conjugal e começa a elaborar um futuro em comum, sem deixar de lado sua individualidade.

A construção desta identidade também se fundamenta pela coesão do casal, quando há um sentimento de reciprocidade, vínculo e valorização do parceiro. O que não pode ser confundido com fusão, que o casal está dependente um do outro, quando não podem fazer nada separados um do outro, ou seja, neste último caso existe uma relação infantil entre os parceiros.

Quanto maior a dependência, menor é a tolerância de cada um em relação à individualidade do outro, quando surgem as crises de ciúmes e ansiedade de abandono.

Muitas pessoas confundem a capacidade de doar o coração para o outro com anulação de sua própria vontade. Uma coisa é se entregar e confiar no outro, inclusive confiar que você pode dizer não e que o outro irá entender e respeitar, outra coisa é ficar com medo de dizer não porque o outro pode não gostar e acabar cedendo a todas as suas vontades para que não exista a possibilidade de separação.

Porém, o que é mais vantajoso de uma relação é justamente a troca e o poder contar com o outro. Esta é a verdadeira entrega que se conquista através de muito respeito tanto ao outro quanto a si mesmo.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Mentiras que as crianças contam...

Semana passada mandaram-me um e-mail perguntando o seguinte:
"Sempre que comete algum erro, meu filho diz que não foi ele e coloca a culpa no irmão ou num coleguinha. Por que ele tem essa dificuldade em admitir culpa?"

Acho que compartilhar essa resposta talvez ajude a muita gente!

Resposta: Não sei a idade de seu filho, mas a abstração, que compreende também o entendimento de culpa, inicia aos 5, 6 anos de idade. A mentira é um afastamento da realidade interna, ou seja, a criança não mente todas as vezes, em alguns casos, ela diz uma outra verdade que para ela é a sua realidade. Neste caso especificamente, parece-me que ele sabe quando fez algo errado e pode ser punido por isso, e a mentira ou criação de uma nova realidade é nada mais que medo. Muitas crianças mentem diante de apenas uma determinada pessoa ou questão, isso é preciso ser levado em conta e perceber se ela nutre um sentimento de medo de alguém que represente autoridade. Existe também um outro tipo de mentira, que é a automática, que leva a criança a mentir sem saber porque, como um ato reflexo. Se for esse o caso, aconselho buscar ajuda profissional para entender melhor o problema. Porém o mais comum de todas as mentiras, é a dita por medo ou por instinto de defesa. Se isso acontece, a conversa é sempre a melhor saída e mostrar a ele que você sabe da verdade, mesmo se ele for pequeno, o entendimento vem com a insistência para que ele entenda que não precisa temer em dizer a verdade.

Outra questão para se pensar: Algumas vezes as crianças contam mentiras porque aprendem com os pais! É isso mesmo, pasmem! Pedir pra dizer que não está quando a criança atende o telefone e você não está com a menor paciência de atender o chato do outro lado da linha; dizer para não contar aquela fofoca que por acaso possa causar algum desconforto na família... Enfim, a criança aprende por imitação desde bebê, e ele vai aprender aquilo que vocês pais fizerem, e não necessariamente falarem.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Chocolate: pecado e prazer


Aproveitando o pós-Páscoa, período em que o chocolate é consumido quase compulsivamente tanto por crianças quanto adultos, vale a pena falar um pouco dele e dismistificar seus malefícios.

É fato que o chocolate produz efeitos prazeirosos e não só uma sensação psicológica. Tanto pelo seu agradável sabor, quanto pelos efeitos fisiológicos ligados ao estímulo da produção de endorfina e serotonina em nosso organismo que dão sensação de prazer e alívio, por isso pode levar ao consumo excessivo e até à compulsão.
A cafeína presente, dá energia e estimula a concentração, ameniza TPM em nós mulheres, quando os níveis hormonais estão alterados e produz menos serotonina, o que deixa-nos mais irritáveis e deprimidas, então tratamos de correr atrás de um bom pedaço deste doce.

Pesquisadores britânicos descobriram que reprimir o desejo pelo chocolate pode causar o efeito inverso quando resolve-se ceder à vontade e a pessoa acaba comendo muito mais do que precisaria.

De acordo com o Wikipedia, o chocolate é um alimento muito nutritivo. Contém proteínas, gorduras, cálcio, magnésio, ferro, zinco, caroteno, vitaminas E, B1, B2, B3, B6, B12 e C. Estudos recentes sugerem a possibilidade de o consumo moderado de chocolate preto e amargo trazer benefícios para a saúde humana, nomeadamente devido à presença de ácido gálico e epicatecina, flavonóides com função cardioprotetora. Sabe-se que o cacau tem propriedades antioxidantes.

Estudos apresentados pela rede BBC, indicaram que um chocolate derretendo na boca de uma pessoa causa um aumento na atividade cerebral e nos batimentos cardíacos que é mais intenso do que o associado a beijos apaixonados, e que duravam quatro vezes mais tempo após o término da atividade.

O cacau ou chocolate amargo apresentam inúmeras vantagens para a saúde e bem estar, contudo, a ingestão em grandes quantidades e que devem preocupar aos afoitos e viciados nesta pequena tentação, que também pode conter muitas calorias e altos índices de gordura, que vão contribuir para aumento de peso.
Com consciência, um pedacinho não faz mal a ninguém, não é pecado e dá prazer!